Paróquia Nossa Senhora Aparecida Parque dos Pinheiros

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Palavra do Padre

01 - Janeiro
O SEQUESTRO DO MENINO JESUS


Para refletir: Como temos vivido nosso Natal?

 

A vida é feita de caminhos, possibilidades, e é por isso que o presépio do menino Jesus tem uma “estradinha” que termina na manjedoura.
Dezembro é um mês de sensibilidade, reflexão que toca a todos que tem coração, independente da cultura, religião, ideologia ou raça. Neste mês, nossa estrada chega ao seu destino final e inicial, pois contemplamos o recém nascido, revigoramos nossas forças e retomamos a nossa existência para mais uma jornada de um novo janeiro.
O natal é uma festa do desejo de Deus pelo homem e do homem por Deus. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, ensinou que o desejo é sempre subjetivo, algo que quero e que não me satisfaz plenamente ainda, porque senão deixamos de desejá-lo, daí o porquê de Deus ter se feito bebe, para que nós o desejássemos e o ajudássemos, como Maria e José, a crescer na graça, na idade e sabedoria diante de Deus e da humanidade, portanto deseje o menino-Deus para que ele cresça em você.
O pensador francês que deseja ressuscitar a criança que foi sepultada dentro de cada adulto, A.S. Exupéry, disse que: “quando quiseres construir um navio, ensine às pessoas o desejo ardente pelo mar”. Parafraseando o pensador eu diria que quando quiseres montar presépios em vossas casas e Igrejas, ensina às pessoas o desejo ardente pelo cristianismo, que é presépio, mas também é cruz.
Ser cristão é mais que um título clássico com terminologia grega, ser cristão é crescer ou permitir que o bebê do presépio cresça em nós, amadureça em nós o real significado do cristianismo, nos ajude a suportar as sextas-feiras da paixão de dores e sofrimentos e principalmente a ressuscitar no Natal eterno e definitivo na glória celestial.
Ser cristão é ser criança, frágil, mas repleto de potências, um ser esperançoso, mas do verbo esperançar, ou seja: animar, buscar, dinamizar a vida e não esperançoso do verbo esperar que cai do céu. Lembre-se que todo presépio tem um bela estradinha que nos convida a percorrê-la e isto é esperança, caminhar sempre, até que o infinito nos eternize.
O Natal comercial não tem sentido porque o desejo ardente que querem incutir em nós não é o desejo pelo bebe divino que quer afeto, mas por um “bebe consumista”, desenfreado e que só pode ser feliz com a chegada do papai Noel e a estrada da manjedoura deste pequenino consumidor não tem outro objetivo que não as escadas rolantes dos “shoppings centers”.
Quando eu era criança, mamãe me dizia para eu não sair à noite por que na rua vagava o “Homem do Saco“ que seqüestrava crianças que desobedeciam aos pais e ficavam “bagunçando na rua” e eu cresci com medo deste individuo perverso, mas ao mesmo tempo eu tinha eu tinha vontade de encontrá-lo quando eu fosse adulto é claro, para questioná-lo e por um basta nesta maldade de colocar crianças no “Saco”.
Quando me tornei adulto, descobri que isto era ficção do mundo dos adultos que queriam controlar o universo das crianças, mas revi meus conceitos e, finalmente, cheguei a conclusão que o tal “Homem do Saco”, não é fictício mais real e o pior, ele aparece no final de dezembro e fica vagando até o inicio de janeiro. Este homem de saco tem barbas brancas e gorrinho vermelho e seqüestra os bebês que existem nos presépios das famílias coloca no seu “Saco Vermelho” e os congelam no pólo-norte... Ficou estarrecido com meu comentário? Mais estarrecido esta JESUS com o que estamos fazendo com a celebração de natal D’ele!
Transformamos o real significado do natal cristão em uma mentira, e a mentira de um natal capitalista numa realidade.


Pe. Fernando

01/01/2012

 
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